09 de abr de 2021

08:46

Gastar por impulso: fuja sem olhar para trás!

Quem nunca comprou algo sem antes pensar, somente por uma promoção ou por realmente achar no momento que aquilo seria extremamente útil no cotidiano, que atire a primeira pedra. No Brasil, os maiores gastos por impulso são com roupas, acessórios e calçados, segundo uma pesquisa feita pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). Mas você já experimentou se perguntar, antes de comprar, se realmente precisa do tal produto?!

Se a ficha só caiu depois de notar que seu orçamento geral foi prejudicado no fim do mês, menos mal. Mas, se ela ainda não caiu: calma, ainda dá tempo de você perceber! Afinal, a premissa para alcançar a sua independência financeira é contar com gastos planejados. E, claro, isso não combina com comprar por impulsividade.

É comum que o baixos valores de parcelas e diversas formas de pagamento sejam atraentes, mas a longo prazo, apenas resulta em endividamentos que te prejudicarão.

Prioridades são prioridades

Ter uma casa própria, por exemplo, pode ser considerada uma dívida a qual vale a pena ter por certo período dentro dos seus gastos. Mas o smartphone da moda, que você comprou apenas por ver na vitrine ou por todo mundo ter é um exemplo do que se deve repensar – seu orçamento do mês comporta esse “luxo”?  Você vai precisar abrir mão de coisas mais importantes no dia a dia para poder tê-lo?

Além da dica preciosa de anotar todos os seus gastos em uma planilha, ou até mesmo usar aplicativos que te ajudam nisso, é essencial ter em mente o que você precisa de fato ou somente deseja por vaidade.

Lembre-se: gastar dinheiro impulsivamente pode se tornar um mau hábito. Então, planeje com antecedência o que quer comprar, pesquise por diferentes preços e, claro, confirme com o seu orçamento se ele dá conta!

A notícia boa é que hábitos são construídos por nós mesmos. Então, que tal estabelecer que você irá fazer outra coisa no momento em que sentir vontade de ir comprar para se sentir bem? Praticar um esporte, ler um livro, assistir a um filme novo ou realizar uma receita culinária podem ter o mesmo efeito de satisfação imediata que gastar por impulso tem em seu cérebro.

Por que não evitar problemas?

Já pensou precisar vender o carro, instrumento de mobilidade muito importante e útil em sua vida, para dar conta de dívidas? Pior ainda é quando essas dívidas poderiam ter sido evitadas, não? Essa é uma surpresa que ninguém quer ter. A essa altura, é preciso se reeducar financeiramente com urgência!

Priorizar por sua satisfação é realmente sinônimo de alegria, mas, por mais que dinheiro e felicidade tenham certa conexão, pensar racionalmente no amanhã é ainda mais válido.

Viver em paz pode também significar você ser capaz de arcar com as suas despesas sem dever muito no banco e em lojas ou ter a segurança de que, no caso de problemas, tem dinheiro guardado para lidar com eles.

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Raphael Palone

Formado em Administração e Economia pela FGV e com um mestrado em Economia em uma das maiores universidades do mundo, na Inglaterra, Palone já trabalhou em grandes bancos de investimento e é especialista em planejamento financeiro.