12 de abr de 2021

10:33

Renda fixa e renda variável: quais as diferenças?

O mundo dos investimentos engloba duas categorias principais: renda fixa e renda variável. Mesmo com a queda da Selic (taxa básica de juros da economia brasileira), que está atualmente em sua mínima histórica, a renda fixa costuma ser a queridinha dos brasileiros, pela maior segurança de retorno que traz.

A lógica principal é simples: quem quer ganhar mais se arrisca mais. Quem não gosta de riscos altos, acaba ganhando menos. Para fazer o seu dinheiro valer, é importante conhecer a fundo as opções. Afinal, informação também é poder!

 Vamos lá! Preparamos um guia básico para te ensinar um pouco desse economês.

O que é uma renda fixa?

Quem compra um título aqui está “emprestando” dinheiro para alguém, e espera receber o valor de volta no futuro com juros. Tudo é combinado pelas duas partes no momento da aplicação: prazos, taxas, índices de referência, detalhes quanto à negociação dos papéis, etc.

O lado que fica com o dinheiro emprestado pode ser o governo, um banco ou uma empresa.

Em comparação com a renda variável, há mais segurança de retorno aqui, porém, menor. Sendo assim, a liquidez, que é a rapidez de receber o dinheiro de volta, acaba sendo também mais baixa.

Mas ela também está sujeita a riscos, tanto de crédito quanto de mercado. Os principais exemplos de investimento em renda fixa são:

1. Tesouro Direto

Este é um título público, ou seja, o governo é quem fica com o dinheiro teoricamente emprestado por você. Os investimentos podem ser prefixados (Tesouro Prefixado e Tesouro Prefixado com Juros Semestrais), pós-fixados (Tesouro Selic) ou híbridos, atrelados à inflação (Tesouro IPCA+ e Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais).

Para investir em Tesouro Direto são necessárias algumas taxas: uma paga à B3 (bolsa de valores do Brasil, organizadora do sistema), e outra de administração, cobrada pelos bancos e corretoras responsáveis na intermediação das operações. Em algumas corretoras a taxa pode ser 0 também.

2. Poupança

É a forma mais tradicional de guardar dinheiro, ao mesmo tempo em que se ganha com isso. Está disponível em todos os tipos de banco. Não há taxas para aplicar na poupança, mas a de retorno, que tem o nível alto de garantia, varia de acordo com os níveis da Selic.

A rentabilidade é de 0,5% ao mês mais a variação da TR (Taxa Referencial) se a Selic estiver acima de 8,5% ao ano. Ela é considerada baixa, mas assim como risco.

O valor é isento de Imposto de Renda, porém só é devolvido a você uma vez ao mês, no mesmo dia em que a aplicação inicial foi realizada.

3. CDBs

Os bancos privados se tornam emissores de renda fixa a partir dos Certificados de Depósitos Bancários (CDBs).

Normalmente, são pós-fixados e oferecem como remuneração a taxa do CDI (Certificado de Depósito Interbancário). Ela é a média dos juros das operações de empréstimo de curtíssimo prazo realizadas entre si pelos bancos, diariamente.

Tal rentabilidade pode ser tão baixa quanto a da poupança, dependendo da instituição financeira. Fora isso, os rendimentos aqui são também tributados pelo Imposto de Renda.

E a renda variável?

Comprar ações (menores partes de uma empresa privada) é o exemplo mais conhecido de renda variável. Quem as compram se torna sócio, e é um investimento que deve ser visto para longo prazo, diferente do que muitos podem pensar.

Além de incidir em vários impostos na hora de voltar para você, as oscilações diárias da bolsa de valores trazem a possibilidade de o dinheiro render cada vez mais, diferente da renda fixa — esse é o lado positivo desta modalidade de renda variável. Porém, consequentemente, a incerteza de retorno e se haverá prejuízos é igualmente maior.

A liquidez alta do mercado de ações, que possibilita ao comprador se retirar da sociedade a qualquer momento, sem processos burocráticos com o governo (comuns na relação com Tesouro Direto), é outro ponto atraente do mundo de ações.

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Até a próxima. Muita Paz e Dinheiro para você!

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Tainara Cristine

Formado em Administração e Economia pela FGV e com um mestrado em Economia em uma das maiores universidades do mundo, na Inglaterra, Palone já trabalhou em grandes bancos de investimento e é especialista em planejamento financeiro.